Nuvens de Ketchup - Annabel Pitcher


“E se eu tiver que escrever tudo isso, quero que seja a lápis para que eu possa apagar, tirar toda aquela parte da minha vida para que ela fique borrada até virar nada, e eu possa começar de novo, desenhando a mim mesma com um sorriso livre e um coração puro e um nome que eu possa escrever com letra maiúscula, por não ter medo de revelá-lo em uma carta rabiscada...” (pág 186)

             Surpreendente! É como posso definir esse livro.

            Zoe (esse não é seu verdadeiro nome) é uma jovem que se envolve com dois rapazes sem saber qual a relação entre eles.

            As coisas começam a ficar cada vez mais difíceis, e ela se envolve numa trama, cuja história marcará sua vida para sempre.

            Devido aos acontecimentos, ao rumo que as coisas tomam, ela faz coisas que não tem coragem de contar a ninguém. Depois de feito, não tem como apagar.

Mas como conviver com segredos que sufocam? Por isso ela decide desabafar. Para isso, nada melhor do que um homem no corredor da morte. Na situação dele, não poderá mesmo contar nada a ninguém e muito menos, julgá-la por tudo o que ela fez.

            E assim, ela começa a narrar toda sua história para aquele desconhecido, cujos dias estão contados.

“Humanos, somos todos iguais. Não há escapatória.” (pág 213)

            Entre sua história, aparecem outras paralelas que nos mostram o quanto uma família pode guardar segredos. O quanto a culpa pode transformar pessoas para sempre. E principalmente, o quanto não é nada fácil ser adolescente.

            “Às vezes, há bons motivos para se fazer coisas más.” (pág 183)

            Algumas vezes me peguei falando em voz alta. Me senti a própria personagem. O livro é envolvente, interessante. Prende do início ao fim. Tramas bem elaboradas e linguagem muito direta.

            Indicado!

            “É melhor que algumas coisas fiquem no passado.” (pág 78)



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

II Encontro de Fãs Harry Potter (De Cara Nova)

Se eu não fosse poeta

No suave galope dos versos...